
UnidosVenceremos
Grupo de Apoio ao Portador de Hepatíte C

U N I DOS V E N C E R E M O S !!
Este site é dedicado a todos que acabam de ser diagnosticados, a suas famílias e amigos, para que possam entender um pouco, o que é a hepatite C.
As informações nele contidas, são trabalho de muita pesquisa, busca em revistas médicas, conversas com especialistas e estão sempre sendo atualizadas.
Você vai encontrar algumas respostas para suas dúvidas criando assim, seu próprio Banco de Dados. Isto te dará maior segurança para discutir com seu médico especialista e o melhor caminho a ser seguido, neste momento.
Também damos orientações de onde buscar ajuda, as últimas novidades dos últimos Congressos de Hepatologia, enfim, um pouco de tudo!
Este site é meramente informativo e não substitui a visita a um bom especialista!
Espero que você encontre o que te trouxe até aqui!
Micheline Woolf
Presidente do Grupo Unidos Venceremos
O que é BIÓPSIA?
1 - O QUE É UMA BIÓPSIA DE FÍGADO?
Biopsia de fígado é um procedimento utilizado para se retirar uma pequena porção de tecido hepático que será examinado sob microscópio e identificara as causas ou o estagio da doença hepática.
2. QUAIS SÃO OS DIFERENTES MÉTODOS QUE SE UTILIZAM PARA A BIOPSIA DO FÍGADO?
O método mais comum é a retirada de uma amostra do tecido através de uma agulha que é inserida por uma fração de segundos, na área determinada. Isto pode ser feito num hospital e o paciente volta para casa apos três a seis horas, se não houverem complicações.
O medico determina a melhor posição, profundidade e localização da punção, através de exame físico ou ultra-sonografia. A pele e a região sob a pele serão anestesiadas, uma agulha penetrará rapidamente na área determinada.
A metade dos indivíduos não sentem dor após o procedimento, enquanto a outra metade pode sentir leve dor localizada que pode se estender até o ombro direito, um puxão! Alguma dificuldade em respirar fundo por alguns momentos, também e comum.
Outra técnica comum para biopsia do fígado e através de ultra-som guiado, onde a agulha será inserida através do abdômen ou peito usando várias imagens. Esta técnica é usada quando se tem a presença de tumores localizados identificados através do ultra-som ou tomografia computadorizada (TC). Através da imagem será possível localizar o tumor e guiar a agulha na área especifica através do abdômen ou peito. Após este procedimento, o paciente pode voltar para casa no mesmo dia, se não houver complicações.
Outros procedimentos utilizados, porém não muito comuns, são: laparoscopia, o transvenal ou transjugular e a biopsia cirúrgica.
Com a laparoscopia, um instrumento iluminado e estreito é inserido através de uma pequena incisão na parede abdominal. Os órgãos internos são afastados com gás introduzido no abdômen. Os instrumentos podem então, passar por este caminho iluminado ou através de uma segunda incisão para se obter diversas amostras de tecido hepático em áreas diferentes do fígado. Os pacientes que fazem este procedimento podem deixar o hospital algumas horas mais tarde.
A técnica transvenal ou transjugular devem ser aplicadas por um radiologista em circunstancias especiais, por exemplo, quando o paciente apresenta um problema grave de coagulação (coagulopatia) ou quando tiver um a grande quantidade de liquido presente no abdôme(ascites).
Com este procedimento, um pequeno tubo e inserido na veia jugular no pescoço que e radiologicamente guiado ate a veia hepática, que drena o fígado. Uma de abdômen aberto, o que possibilitaria que o cirurgião inspecionasse o fígado. A pequena agulha e então inserida através deste tubo e dirigida ate o fígado para se obter uma amostra do tecido.
Por ultimo, a biopsia pode ser feita quando o paciente estiver passando por cirurgia e assim, retira-se uma ou mais amostras, se necessário.
3. QUANDO A BIOPSIA SE FAZ NECESSÁRIA?
A biópsia do fígado é muito utilizada para diagnosticar a causa da doença crônica do fígado, que se identifica no resultado elevado das enzimas hepáticas ou fígado aumentado. É também utilizada para diagnosticar tumores no fígado identificados através de imagens. Em muitos casos, tem-se suspeita de doença hepática por causa especifica , baseada nos exames de sangue. Mas a biopsia confirma o diagnostico assim como também determina o volume de danos causados no fígado. A biopsia do fígado e também utilizada após transplantes para determinar a causa de exames elevados e determinar se existe rejeição do órgão transplantado.
4. QUAIS SÃO OS PERIGOS DA BIOPSIA DO FÍGADO?
O risco mais comum seria o sangramento no local onde a agulha foi inserida, apesar de que isso ocorre em menos de 1% dos pacientes. Outra complicação possível seria o punção de outros órgãos como o rim, o pulmão ou o colon. Também pode ocorrer um erro de localização e se fazer a biopsia da vesícula invés do fígado, o que pode causar vazamento da biles dentro da cavidade abdominal, causando peritonites. Felizmente o risco de morte por biopsia de fígado e extremamente baixo, entre 0.1 e 0.01%.
5. EXISTEM ALTERNATIVAS PARA A BIOPSIA DO FÍGADO?
A primeira alternativa da biopsia do fígado é fazer o diagnostico de uma doença hepática baseada no exame físico do paciente, histórico medico e exames de sangue. Em alguns casos, exames de sangue são bastante acurados e dão ao medico profissional o diagnostico de doença hepática crônica, enquanto que em outras circunstancias, a biopsia se faz necessária para um diagnostico mais determinante.
Hoje em dia existe um exame chamado Fibroscan que, apesar de não ser tão acurado quanto a biópsia, pode ser útil para determinar se a pessoa tem fibrose ou cirrose. O Fibroscan não está disponível em todo o Brasil, não é custeado pelo SUS e é um exame ainda caro.
6. É NECESSÁRIO SE REPETIR AS BIOPSIAS DO FÍGADO?
Na maior parte dos casos, a biopsia é feita somente uma vez para confirmar a suspeita do diagnostico de doença hepática crônica. Ocasionalmente, e repetida se houverem mudanças de condições clinicas, ou para verificar se o terapia utilizada esta surtindo os efeitos desejados, tais como o Interferon , Rebetron e Prednisone para hepatite auto imune e hepatite crônica viral.
Pacientes que se submeteram a transplante de fígado requerem varias biopsias nas semanas seguintes ao transplante para possibilitar um diagnostico real sobre problemas que podem ocorrer, ou rejeição do órgão transplantado.
Fonte: www.hepatitis-central.com/hcv/whatis/biopsy1
O que é Carga Viral?
1. O que é Carga Viral?
A carga viral é o volume de vírus específicos presentes em seu organismo, num determinado volume de sangue ( normalmente 1 mililitro= 1 centímetro cúbico). Isso significa que o volume de material genético de hepatite C encontrado em seu sangue, corresponde à quantidade de vírus da Hepatite C fornecido através de números. Portanto, o número dado, corresponde a quantidade de genomas virais.
Não parece haver relação significativa entre o nível de RNA HCV e os valores de ALT ou de atividade histológica em pacientes não tratados com terapias anti virais (Interferon ou Rebetron). A carga viral varia nos pacientes infectados, mas não é um prognóstico muito útil e nem mede a severidade da doença hepática induzida por vírus.
2. O QUE SIGNIFICA NÃO DETECTÁVEL OU NEGATIVO?
A carga viral pode variar desde não detectável ate centenas ou milhares de vírus. O significado do não detectável ou negativo, difere de acordo com o método de exame de medida utilizado.
O limite de detecção utilizado em um laboratório para teste quantitativo de RNA HCV-PCR e de 200 genomas virais/ml ( e com o qualitativo eles podem detectar até mesmo 10 genomas virais/ml.). Os exames menos caros são os bDNA quantitativos, e tem um potencial de limite de detecção de 200mil genomas virais/ml. É menos sensível, porem quando ultrapassa seu limite mínimo de detecção é mais acurado que o exame por PCR.
Então, quando o paciente estiver negativo, talvez não tenha o vírus da hepatite C em seu sangue, mas pode ser também, que ele o tenha, mas que o número de vírus seja menor do que o limite de detecção do exame feito, portanto, não se mostrará presente até o limite mínimo de detecção do exame efetuado.
Por exemplo: digamos que você tenha feito o exame através do bDna e que o limite de detecção seja de 200 mil genomas virais/ml; qualquer número abaixo deste, será registrado como “negativo” ou “ não detectável” , quando, na realidade, você pode ter genomas virais presentes em seu sangue, mas em quantidade menor do que o limite detectável pelo exame.
Antes de iniciar o tratamento, o exame utilizado é o PCR- QUANTITATIVO.
Para se saber se a pessoa negativou ou não, usa-se o PCR_QUALITATIVO, por ter um nível d detecção menor e portanto, mais apropriado.
Seu medico e seu laboratório poderão lhe aconselhar e explicar qual seria o melhor tipo de exame para o seu caso especifico.
3. O QUE SIGNIFICA POSITIVO?
Quando você receber seu resultado de RNA HCV quantitativo e quando o laboratório puder determinar a quantidade de vírus presentes em seu sangue,e importante anotar, não só os números mas também as unidades de medida utilizadas.
Volume
O volume de sangue ao qual o numero se refere e normalmente dado em mililitros
Mas alguns laboratórios podem contar em 20 micrômetros=1/50 mililitros. Nestes casos você deve multiplicar o resultado dos genomas virais por 50 para alcançar o numero em 1 mililitro.
I. Quantidade de vírus
Existem diversas maneiras de expressar a quantidade de vírus. Para que possamos comparar diferentes resultados, devemos saber como converter estes números para uma forma mais convencional, digamos, o número de vírus por mililitros.
Exemplo:
1.5milhões/ml ou seja, 1.500.000/ml (estes números são os mesmos, escritos de forma diferente)
a)Medida por peso
Algumas vezes, o laboratório dará o resultado por quantidade de material genético encontrado por peso. 1pg(pico-grama) de material genético corresponde a 1 milhão de genomas virais, então se o seu resultado aparecer em picogramas, multiplique o resultado por 1 milhão e você terá o número exato de vírus.
b)Medida por contagem de vírus
1.números: muitas vezes a contagem de vírus é expressa por números, por exemplo: 1.73 milhões ou 1.730.000. Algumas vezes os milhões são abreviados em “ M” (mega). Então quando mostrar 1.73 Meq/ml, quer dizer 1.73 mega equivalente/ml ou 1.730.000 equivalentes/ml.
2. Forma Exponencial: números muito grandes, as vezes são colocados na forma exponencial, quer dizer um numero multiplicado por dez com um expoente. Para converter isto a um numero normal, adicione quantos zeros se fizer necessário ao numero um, assim como estiver mostrando e multiplique pelo numero.
Exemplo: RNA HCV quant. 17.3 x 10(exp5) equivalências/ml. Quer dizer 5 e o expoente, você deve acrescentar 5 zeros ao numero um, o que te dará 100.000, e multiplique este numero por 17.3, que te dará 1.730.000 , que e a sua carga viral.
Este numero e expressado: 1.73x10(6) (que são os mesmos números mostrados de forma diferente)
17.3 x 10(5)= 1.73x10(6)= 1.730.000
4. Logaritmo: Pode-se também utilizar esta forma de contagem, porem, no Brasil, ainda não é muito utilizada. Ela seria mostrada assim: log(1730000)=6.24
Para isso você precisara de uma calculadora!
Ainda há controvérsias quanto ao que é considerado alto, ou baixo com relação a quantidade de genomas virais presentes no sangue. A interpretação faz sentido para pessoas que não estejam em tratamento, mas para alguém que está se tratando há seis meses com Rebetron, ate mesmo 200.000 pode ser considerado alto.
(Os números abaixo de 200 mil, pleo método bdna, são indetectaveis) .
Podemos dizer que:
De 200 mil a 1milhao – baixo
1 milhão a 5 milhões – médio
5 milhões a 25 milhões – alto
acima de 25 milhões – muito alto
OBS: Estas informações não foram escritas por um medico. Nada deverá substituir sua visita ao seu medico de confiança.
Fonte: http://members.aol.com/Bshaw069/virald.html
HEPATITIS MUTUAL SUPPORT
http://members.aol.com/VikkiSM/hepage.html
Quais os exames necessários?
Perguntas Frequentes sobre AST, ALT, GGTP
Jeff Punch MD
Division of Transplantation
University of Michigan
O que são estas letras??
Estas letras são abreviações para enzimas – proteínas de dentro das células.
Por exemplo:
AST (TGO) = transaminase glutaminica
oxalicética ou transferase amino aspartate.
ALT (TGP) = amino alanine transferase ou gama glutamyl transpeptidase,
AP = fosfatase alcalina.
Células diferentes possuem enzimas diferentes dentro delas, dependendo da função da célula. As células do fígado possuem muitos AST,ALT e GGT dentro delas. Quando uma célula morre ou está afetada, as enzimas se espalham no sangue fazendo com que o nível delas aumente, permitindo que se saiba se as células analisadas estão sadias ou não.
O ALT é mais específico de doenças hepáticas, do que o AST, pois o AST é produzido em outras lugares também (intestino, coração,músculo, etc). Então o AST será elevado, após um ataque cardíaco ou uma falha nos rins.
O GGTP e o AP são mais conhecidos por ser mais específicos de doença biliares, já que são produzidos pelas células do ducto biliar. Em doenças do fígado causadas por excesso de consumo de álcool, o AST tende a se mostrar alterado e mais elevado do que o ALT, enquanto que o reverso é verdadeiro para hepatites virais. No entanto esta generalização às vezes não é correta para este caso específico.
Algumas considerações a ponderar:
• Estes exames são importantes, porém não podem ser interpretados sem que haja uma avaliação clínica. Mesmo que eles sejam um parâmetro para verificar possíveis inflamações, seus resultados são muito flutuantes
• Os resultados não são lineares. Um AST de 300 não significa que seja duas vezes pior do que um a 150 (normal é menor que 50). Estamos acostumados a números como temperatura ou dinheiro! Se o termômetro acusa 35 C lá fora, isso quer dizer que está mais quente do que dentro de casa. E seu eu tenho R$100 e você R$80, quer dizer que tenho mais do que você. As enzimas hepáticas não se comportam desta forma. Um AST de 80 ou 100, tem o mesmo valor para um hepatologista
• Estes números nem sempre detectam todos os problemas hepáticos. Alguns pacientes com doenças hepáticas em estado avançado apresentarão níveis enzimáticos normais ou praticamente normais.
Podemos dizer que estes números são indicações de funções hepáticas?
Na verdade, não necessariamente. Infelizmente, são chamados de “testes para funções hepáticas”, mas na verdade não medem as funções por si só.
Então de que maneira se medem as funções hepáticas?
Existem outros exames que incluem a Albumina, Bilirrubina eTempo de Protrombina, que são mais reais em termos de se medir as funções, mas os fatores clínicos devem sempre ser levados em consideração.
O que é Bilirrubina?
A bilirrubina é um sub-produto da hemoglobina, substância no sangue que carrega oxigênio. Normalmente quando as células do sangue envelhecem, são captadas e destruídas pelo baço. Quando isso ocorrre, a hemoglobina deve ser “partida” no fígado e transformada em bilirrubina para poder ser eliminada. Eventualmente, a bilirrubina é excretada pela bile e eliminada através das fezes.
O que ocorre quando a Bilirrubina está alta?
Quando o nível de bilirrubina se eleva para 3mg/dl (em media), as partes brancas dos olhos se tornam amareladas (icterícia) a urina fica escura e a pele fica amarela (amarelão). Pacientes que apresentam altos níveis de bilirrubina, podem também ter “coceiras”.
Indicadores Bioquímicos de Infecção pelo Vírus da Hepatite C
Na hepatite C crônica, há um aumento da ALT e da AST, que varia de 0 a 20 vezes, o mais comum sendo menos do que 5 vezes mais alto que o limite considerado normal.
Os níveis de Alanine aminotransferase (ALT) estarão normalmente mais altos do que os de Aspartate Aminotransferase (AST), mas este quadro pode ser revertido, caso ocorra em pacientes com cirrose.
A Fosfatase Alcalina e os níveis de Gama Glutamil Transferase são, na maioria das vezes, normais.Se estiverem elevados, pode ser indício de cirrose.
Fator reumatóide e baixa de plaquetas e glóbulos brancos podem indicar presença de cirrose ou doença avançada.
Níveis de Albumina e tempo de Protrombina são normais.
Níveis de Ferro e Ferritina podem estar ligeiramente alterados.
Painel de Testes de Funções Hepáticas
Um pedido de exame típico para disfunções hepáticas, consiste em:
Proteína Total
Albumina
Bilirrubina Total
AST
ALT
Fosfatase Alcalina
Este painel é somente de caráter informativo. Os exames deverão ser pedidos pelo seu médico, assim como os resultados deverão ser interpretados somente por ele.
Não se esqueça: Unidos Venceremos, sempre!!!!